quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Capítulo 13 - revelações

Eu sei que demorou mas eu consegui terminar o capítulo na semana mais corrida desse ano!

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Capítulo13

Ele chegou alguns minutos antes do esperado, por sorte eu estava tão inconscientemente ansiosa para vê-lo que nem me preocupei em me arrumar, me contentei em usar a rasteira de sempre com um short jeans e uma camiseta, na verdade se fôssemos para algum estabelecimento decente eu me sentiria envergonhada, eu já estava pronta. Corri em direção à porta ao ver o carro chegando, mas, para minha surpresa, ele desligou o motor e desceu do carro.
– Oi! – eu disse, empolgada demais para que combinasse com o seu ar sério.
– Oi. – ele tentou sorrir, mas seus olhos ainda apresentavam outra emoção. – eu preciso mesmo desabafar, queria andar um pouco, dirigir nesse trânsito não acalma muito, sabia?
– Ok. – Agora a rasteirinha parecia ter sido uma boa ideia.
Eu não queria quebrar o silêncio, afinal era ele quem queria desabafar, não era? Mas a curiosidade subia e descia da minha cabeça até o joelho e voltava causando espasmos.
– Olha... – falamos nós dois juntos, eu queria rir, mas sabia que não era uma boa hora para isso.
– Não vou enrolar mais: eu vi a Alice beijando o Sérgio hoje pela manhã.
Não consegui simular uma cara de surpresa, então, resolvi confessar:
– Eu já sabia que eles tinham um caso...
– Você sabia? Mas porque não me contou?
Resolvi colocar tudo para fora, eu tinha medo que ele ficasse assustado, mas meu medo de explodir era maior.
– Porque eu gosto de você e porque foi só uma conversa de banheiro feminino que eu ouvi, e porque você parecia muito feliz com ela e porque tive medo de que você pensasse que eu só estava querendo te separar dela e ficasse com raiva de mim e se afastasse de mim e deixaria de ser meu melhor amigo para ser... – nesse momento, as lágrimas escorreram e eu não consegui mais falar.
Levei as minhas mãos ao rosto, eu estava com muita vergonha e agora eu soluçava de tanto chorar. Ele me abraçou pousou minha cabeça em seu peito e passou a mão pelos meus cabelos. Então eu me acalmei e continuei:
– Para ser mais um conhecido daqueles às vezes a gente passa por ele e nem dá um sorriso.
Senti uma vibração em seu peito, ele estava rindo? Levantei a cabeça para checar: sim, ele estava.
– Me desculpa, eu só estava rindo da impossibilidade disso acontecer.
Isso me deixou bem mais calma. Afastei-me dele para ouvir sua explicação.
– Continue. – eu mandei.
– Eu te amo, garota, você foi a melhor confidente que já tive em toda a minha vida, você estava muito mais próxima de mim do que a Alice nunca esteve. Às vezes eu sentia que ela era fria comigo, mas eu achava que ela estava querendo fazer charme. Eu me enganei muito, mas acho que nunca a amei de verdade por isso o baque de descobrir a traição não foi tão forte assim.
Parecia que eu estava sonhando, tinha medo de acordar. Percebi que tava com cara de boba sorrindo parada olhando para ele. Não sabia o que dizer. Deixei que o impulso me levasse, agarrei-o pelo pescoço e o beijei. Qual o problema, ele não era meu namorado?

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