segunda-feira, 26 de julho de 2010

Capítulo 11 - Pais


Minha “tagarelice” acabou enquanto tomávamos sorvete. Ele parecia debochar de mim enquanto olhava eu me sujar toda com apenas uma casquinha de sorvete. Precisei usar seis guardanapos antes de terminar e desistir de limpar, eu não conseguia acertar o lugar da minha boca. Mesmo assim o sorvete estava muito bom.
– Ainda está sujo. – disse ele, agora rindo abertamente.
– Mas que droga eu não consigo comer uma casquinha sem me lambuzar. Onde está sujo?
– Deixa que eu limpo – ele ainda ria de mim, mas um calafrio percorreu o meu corpo enquanto ele passava o guardanapo no canto da minha boca.

Enquanto íamos para minha casa, eu ia ficando com medo do que meu pai iria dizer e do que ele iria cobrar do marcos.
– Você precisa ficar calma isso não é nada demais – segui seu olhar e percebi que minha mão estava tremendo.
– Tudo bem. Caso alguma coisa dê errado eu só preciso dizer que terminei, não é?
– Claro, a gente podia até simular uma briga. Ia ser muito engraçado!
– Você transforma tudo em piada...
– Nem tudo... – seu tom brincalhão sumiu de repente, olhei para ele e percebi que estava tocando sua cicatriz na testa e olhando-a no retrovisor.
– Desculpe.
Tínhamos acabado de chegar à minha casa. Saímos do carro. Tentei respirar fundo, não consegui. Ele me deu o braço e tocou a campainha.
Sussurrou no meu ouvido:
– Calma.
“Como se isso ajudasse” – Pensei.
Minha mãe atendeu a porta.
– Eles chegaram! – gritou ela para meu pai – Minha filha, porque você não me contou que tinha um namoradinho? Quanto tempo faz?
– Pouco, mãe. Uma semana.
– Uma semana é muito tempo quando se é jovem... Boa noite, rapaz. Como é o seu nome?
– Marcos, muito prazer senhora – disse ele só agora lembrando que não sabia o nome dela.
Meu pai chegou à porta. Ele até que parecia estar de bom humor.
– Entre, rapaz, eu quero ter uma conversa com você.
Enganei-me.
Entramos, agora de mãos dadas. Soltei-o quando sentamos-nos à mesa de jantar.
– Eu não vou proibir, eu não vou brigar. Só quero que saiba que se vai namorar minha filha é melhor gostar mesmo dela e tratá-la bem. E, para vocês dois, tenham responsabilidade. Não vão fazer nenhuma besteira, hein?
– Tudo bem, eu prometo que vamos nos comportar, e vou cuidar bem dela. – ele se virou para mim e pôs a mão sobre a minha.
– Por hoje é só, você já pode ir para casa.
– Certo. Boa noite.
Eu fui deixá-lo no carro.
– Você é um ótimo ator.
– Você que é uma ótima namorada!
Nós dois rimos. Ele me deu um abraço e um beijo na testa e foi para sua casa.
Quando eu voltei, minha mãe estava na porta me esperando. Ela não ouviu o que eu disse.
– Você está com cara de apaixonada. – cantarolou ela.
“Isso não podia acontecer” Subi calada até o meu quarto.
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Atendendo a pedidos, estou escrevendo capítulos mais longos.
Depois eu falo da minha viagem. '-'
bjo, morrendo de saudades
am'ocês, T+
May º-º

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